sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Então é Natal!

Carambola, fotografado por Leandro Pacheco
O meu Natal ganhou um novo sentido desde o ano passado. Minha filha nasceu dia 19 de dezembro, prematura, numa cesariana emergencial. Dia 24 de dezembro à noite foi a primeira vez que ela respirou sem a ajuda de um balão de oxigênio. E dia 25 de dezembro foi a primeira vez que pude pegar minha bebezinha no colo e finalmente amamenta-la. Mesmo voltando para casa ainda sem ela, chorando oceanos inteiros e tendo por ceia a marmita da ceia do Lu (jamais esquecerei disso, viu?), que correu na minha casa para ficar comigo, meu marido e minha mãe, o meu Natal teve o significado mais fidedigno do mundo: de (re)nascimento. Renasci eu, nasceu e renasceu minha filha. Os natais que antes me pareciam sempre sem graça, tristes e deprimentes, que eu passava sempre pensando em todas as crianças e bichos desamparados na "noite feliz" (sem contar os milhares de perus mortos) e mesmo com vários pisca-piscas ainda eram escuros, deixaram de ser assim.
Minha noite de Natal ontem foi simples, regada a paz, muito amor e tomei um grande pileque de esperança. Olhando pra minha filha nos meus braços, distribuindo sorrisos e beijos, finalmente entendi que a paz começa dentro de cada um de nós. Esse ano não coloquei os pisca-piscas, não montei árvore, não fiz uma grande ceia. Mas ao lado da minha família (e isso inclui todos os meus bichos!) tive o melhor Natal de que tenho lembrança. Desejo que essa paz profunda e esse amor infinito que estou sentindo se espalhe por aí e alcance cada um que vem aqui me ler, e aqueles que não vem também. Que ninguém espere o próximo Natal para renascer e que os 365 dias de cada ano sejam de superação de si próprio, de paz interior e de respeito consigo mesmo e com o próximo, seja ele animal humano ou não-humano.

Que venha 2010, o ano do Tigre, regido por Vênus, irradiando amor e coragem pra tudo que é canto!!


Quem ama seu pet levanta a mão e grita bem alto: EEEEEUUUUU!

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Encontrei seu cão...

Foto: Linda Davidson

Hoje encontrei seu cão. Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto, a maioria das pessoas já têm vários cães; aqueles que não têm nenhum não querem um cão. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro e mancava por causa de um machucado na pata.
Eu queria tanto ser você naquele momento em que parei na frente dele. Para ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular nos seus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não esqueceria dele. Para ver o perdão em seus olhos pelo sofrimento e pela dor por que ele havia passado em sua jornada sem fim à sua procura... Mas eu não era você. E, apesar das minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, seus olhos viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava.
Ele virou as costas e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que esse caminho o levaria a você. Ele não entende que você não está procurando por ele. Ele só sabe que você não está lá, sabe apenas que precisa te encontrar. Isso é mais importante do que comida, água ou o estranho que pode lhe dar essas coisas.
Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Eu nem sei seu nome. Fui para casa, enchi um balde d'água e uma vasilha de comida e voltei para o lugar onde o havia encontrado. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele havia buscado abrigo do sol e um pouco de descanso. Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa encontrá-lo.
Aguardei na esperança de que voltasse para buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida que havia trazido fizessem com que confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, cuidar do machucado da pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que agora você não faria mais parte de sua vida. Ele não voltou aquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intocadas. Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar seu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha, que lhe daria o destino do qual você achou que o estava salvando - depois de dias de sofrimento sem água ou comida.
Voltei ao local antes do anoitecer. Não o encontrei. Na manhã seguinte, voltei e vi que a água e a comida permaneciam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamar seu nome! Sua voz é tão familiar para ele. Comecei a ir na direção que ele havia tomado ontem, sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros em 24 horas.
Algumas horas mais tarde, a uma boa distância do local onde eu o havia visto pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede não o atormentava mais. Sua fome havia desaparecido e suas dores haviam passado. O machucado da pata não o incomodava mais. Agora seu cão está livre de todo esse sofrimento. Seu cão morreu.
Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar aqui ontem para que eu pudesse ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios. Rezei, pedindo que sua jornada o tenha levado àquele lugar que acho que você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá... E eu sofro, pois sei que, se ele acordasse agora, e se eu fosse você, seus olhos brilhariam ao reconhecê-lo, ele abanaria sua cauda, perdoando-o por tê-lo abandonado.

(Encontrei seu cão - autor desconhecido - via http://www.luisamell.com.br/)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Festinha de criança e bichos: e agora?


Ontem foi o aniversário de 01 aninho da minha filhota. Eu, com 07 cães e 02 gatos em casa, e várias crianças como convidadas para a festinha, me fiz a pergunta que muita gente, na mesma situação, já se fez: e agora, qual a melhor opção para meus bichos?
Alguns dos meus cães adoram crianças, outros se estressam com elas. Os gatos, como já são velhos, ficam na deles, mas se escondem assim que algum estranho chega em casa. Um deles, o mais gordo e preguiçoso, só se dá ao trabalho de escolher um lugar confortável para assistir tudo de cima. E verifica várias vezes se o pote de comida está no mesmo lugar e bem cheio. O outro acha o canto mais seguro da casa e fica lá até tudo ficar em ordem de novo.
Meus cães são todos dóceis, mas conciliar a criançada e o portão aberto com eles não ia ser tarefa fácil, já que não tenho canil para fecha-los e o espaço que disponho pra isso é o banheiro dos fundos, mas deixar os 05 moradores do quintal por horas lá dentro seria uma crueldade.
Por fim optei por leva-los para o hotelzinho e deixa-los até o dia seguinte. A festinha foi uma graça, minha filha divertiu-se muito com os novos amiguinhos, estranhou um pouco o monte de desconhecidos, não deu as risadas que costuma dar, mas ficamos todos felizes da vida por poder comemorar esse primeiro ano de vida (extra-uterina) com muito amor, saúde e paz.
Durante a festa chegou o Alípio, o shitzu mineiro que foi morar na Bahia com um de nossos sobrinhos e é sua companhia inseparável. A Alice achou que a festa ficou muito melhor depois disso e escancarou a gengiva, gritando “au au” para ele como se nunca tivesse visto outro cachorro na vida.
No fim da festa o Sete Copas, meu gato gordo e preguiçoso, continuava deitado no cadeirão da Alice, dormindo, e me olhou com aquela cara de “já posso descer e comer em paz?”. O Bibi, o gato mais ressabiado que conheço, só saiu debaixo da cômoda quando o último convidado já estava a léguas de distância. Seu olhar me dizia “será que dá pra fazer sua festinha em outro lugar da próxima vez?”. A Belle e o Pedrinho continuavam dormindo no meu quarto. E depois de fazer minha pequena Alice dormir fui correndo buscar meus outros filhotes, as 11 da noite. Eu não conseguiria deixar Júnior, Bernardo, Napoleão, Sherlock e Antonieta passarem essa noite longe de mim. Coração de mãe é assim, sempre cabe mais um, mas ninguém pode ficar fora da barra da saia por muito tempo.

Se você também vai fazer uma festinha, avalie a personalidade de cada bichinho seu e faça a escolha menos estressante para ele. Hoteizinhos são boas opções, principalmente se for para passar só um período curto ou num esquema de hotel-creche. Deixar em casa, se houver um lugar confortável e seguro, é a melhor opção tanto para ele, que não muda de rotina, quanto para você, que pode ir várias vezes fazer um carinho e ver se está tudo bem.
Mais dicas? Envie um e-mail para mim
karinepacheco@bichosecaprichos.com.br que respondo tudo!


Quem ama seus filhotes levanta a mão e grita EU!
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Chicão num domingo de sol e soro

Chicão foi um dos cães que passou pela minha vida e mudou muitos dos meus conceitos e pré-conceitos sobre os Bull Terrier e seu interesse por humanos. Carinhosamente eu sempre fazia o trocadilho e o chamava de “burro terrier”. Não que a raça seja burra, mas ao comando de direita eles viram à esquerda, quando se diz “senta” eles levantam e por aí vai. Mas é pura distração, não é burrice...
Mesmo sendo veterinária e tendo aquele padrão obrigatório de saber ao menos um pouco de cada raça, eu ainda não tinha convivido com muita frequência com um Bull terrier. Achava que eram todos encrenqueiros, brigões e antipáticos. Tinha medo daqueles olhinhos puxados e ficava esperando um ataque súbito de ira a qualquer momento. Chicão me fez conhecer a raça e amoleceu meu coração em relação à ela de tal modo que hoje eu gostaria de ter todos os Bull deitados na minha cama e olhando pra mim com aquela cara de “quem?” “Onde?” “Cadê?”.
Eu acompanhei essa ferinha desde bebê, bem bebezinho mesmo. E, para o dono dele, o Francisco, ele virou realmente um bebê e era chamado assim. “Chicão” era só para apresentações formais. Para seu pai humano e para os mais íntimos era o Bebê.
Bebê aprontou muitas. E sempre que ia até a clínica me olhava com aqueles olhinhos puxados e demonstrava toda a sua fragilidade e carência. Seria capaz de ficar horas recebendo carinho na cabeça; eu apertava seu focinho, batia no bumbum gorducho dele e tinha todos os ataques de Felícia que quisesse. Ele continuava me olhando com aquela carinha de quem queria continuar a brincadeira e estava felicíssimo com aquilo. Nenhum ataque de fúria, nem um rosnado. A maior paz, o maior carinho.
O triste foi que o Chicão um dia ficou muito doente. Internado, ele ficava na clínica durante o dia e à noite ia para a minha casa. O dono preferia assim. E veterinário é desse jeito: cuida de cada bicho como se fosse seu, leva pra casa, coloca pra dormir ao lado da cama. Em cima dela, se precisar!
Num domingo, após uma transfusão sanguínea, Chicão reagiu um pouco e o levei para tomar um pouco de sol no quintal da minha casa. Ele, sempre no soro, abanou a cauda e me olhou com olhinhos mais puxados ainda. Tive a impressão que ele sorriu. E se despediu do dia claro, do ar puro, da doença que começava a lhe causar dor e sofrimento. Juntando todas as suas forças, caminhou na grama, comeu um pouco, bebeu água e voltou para seu cantinho de internamento dentro de casa.
Apesar de todos os esforços, empenho e luta, o Bebê Chicão não resisitu. A Leishmaniose foi mais forte que ele. E num lugar onde é proibido o tratamento da doença, só nos restava dar a ele o conforto e bem estar que ele merecia até o seu último segundo de vida.
Como quem se despede, naquela noite ele colocou a cabeça sobre as minhas mãos, olhou nos meus olhos e suspirou longamente.
Na manhã seguinte ele se foi, me deixou de coração partido, mas me ensinou sua lição. Seu olhar ficou.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Campanha de natal

O Natal está chegando e a Bichos e Caprichos, que ajuda animais carentes o ano inteiro, dessa vez irá contribuir com um Natal mais feliz para as crianças carentes também. Isso se você nos ajudar!
Funciona assim: você doa um brinquedo (em qualquer uma das lojas: Av. Getúlio Vargas, 995 ou Av. Rondon Pacheco, 3180) e ganha um brinde (surpreeeesa!) para você e seu pet. Nós doaremos os brinquedos a crianças carentes de nossa cidade. E todo mundo tem um Natal feliz: eu, você, seu pet e uma criança que precisa de nós!

Passe essa campanha adiante e faça a sua doação. Natal é tempo de (re)nascimento da paz, do amor, da alegria e da harmonia, como nos ensinou Jesus e tantas vezes esquecemos. Mas sempre dá tempo de fazer renascer os bons sentimentos e atitudes. Vamos fazer um pouquinho pelo nosso próximo?

Quem ama seu pet levanta a mão grita "EEEEEEUUUU"!


Bjo no focinho e até amanhã!!

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Bichonews



Se você quer receber a Bicho News por e-mail envie seu nome e o do seu pet para karinepacheco@bichosecaprichos.com.br ( e grita EEEUUUUU!). Seu cadastro será efetuado e você receberá informações, dicas e promoções especiais da Bichos e Caprichos toda semana no seu e-mail!

Recadinhos vapt-vupt:

- Algumas pessoas me disseram que é muito complicado e demorado postar comentário aqui no blog e por isso não estão comentando. Estou vendo se consigo um jeito mais prático para as postagens, mas até agora não consegui. Se alguém souber como se faz, por favor me avise. Enquanto isso, vou lendo onde vocês comentam: orkut, twitter, e-mail e pessoalmente! =]


- Vem aí um super evento da Bichos e Caprichos, mas preciso da opinião de vocês, amantes de pets: Qual a melhor data para vocês? A minha escolha seria 06 ou 07 de fevereiro, um final de semana antes do carnaval. O que vocês acham? Mandem suas opiniões, por qualquer meio!Depois conto qual o evento, mas tenho certeza que vocês e seus pets vão adorar!

[*em off: só conto depois porque, se já copiaram até a cor da nossa marca – nosso magenta meio pink tão amado - se eu contar a idéia aqui antes de tudo prontinho é bem provável que tentem copiar também, não acham? #sigilo ]
Bjo de borboleta e até loguinho!
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sábado, 5 de dezembro de 2009

Shortnews

Foto: Bee Thalin


  • A reforma da Bichos e Caprichos da Rondon está a todo vapor. O bulldog gigante que ficava na entrada da loja foi transportado ontem para um jardim só para ele e ficou mais lindo ainda. Uma rampa para facilitar o acesso de cadeirantes (os humanos e os animais!) será construída semana que vem. Ares novos para o imóvel, com uma energia renovadora e muito positiva para cuidar sempre bem dos nossos queridos bichinhos! (P.S.: logo posto fotos antes/depois da reforma e um filminho do bulldog sendo transportado. ;] )


  • Estreou hoje o programa "É o bicho", no canal da gente (canal 15 a cabo). O programa é uma fofura, apresentado pela jornalista e idealizadora do portal Clube do pet, Valeriana Medrado e dirigido pelo também jornalista Hamilton Rocha. Informativo, divertido e útil! Assistam e contem pra mim o que acharam. Nesse primeiro programa tem um banho e tosa no Carambola, um gato persa lindo, filmado lá na Bichos e Caprichos da Getúlio Vargas. E uma pequena entrevista comigo! Boa sorte, muito sucesso ao programa e obrigada pelo convite para participar do número 1!

  • Muito obrigada por todos os elogios ao blog que recebi via orkut e e-mail. Só não entendi porque não comentaram direto aqui! Estão tímidas, pessoas?

  • Vem aí uma cãominhada divertidíssima, na semana que vem. Logo eu conto tudo!

Quem ama seu pet levanta a mão e grita "EU"!

Abraço de urso e até amanhã.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Novidades



A dica hoje é de um portal super bacana, o Clube do Pet, idealizado pela Marília e pela Valeriana, duas jornalistas hiper competentes e dois seres iluminados que amam animais e estão divulgando isso de uma maneira muito legal. Além do portal, elas têm idéias e propostas incríveis para juntar esse povo doido que adora bichos e movimentar o mundo pet aqui de Uberlândia e região.
Divulgo o site e divulgarei todas as ações legais delas com o maior prazer e orgulho porque eu bem sei a dificuldade que é realizar um bom trabalho nesse meio. Acredito demais no trabalho delas e tenho certeza de que as iniciativas serão um sucesso!
O portal tem poucos "dias de vida" e já está com outra novidade: o hotsite eu amo meu pet ,com concurso de fotografia e tudo mais. Já enviei minha foto com um dos meus pets que eu amo, o Júnior, um bassethound bonachão e chorão como todo bassethound! E a minha 'pet' mais que preferida e amada, a pequena grande Alice! A foto é essa aí de cima. Envie a sua também! Vamos todos participar dessa iniciativa super bacana, de gente da nossa cidade, super do bem e que quer o melhor para nossos bichinhos!
Se a foto linda ( com toooooda modéstia!!) dos meus pets ganhar, o prêmio vai para a Ong Clube dos Bichos, que também faz um trabalho maravilhoso.
Taí a dica! Quem é antenado, plugado e descolado participa!

Beijoca de borboleta e até amanhã!
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P.S.1: Foto tirada por Dr. Leandro Pacheco, o pai mais coruja dos pets!

P.S.2: O site da Bichos e Caprichos está quase pronto e ficando lindo! Aguardem só mais um pouquinho.

P.S.3: Quem ama seu pet levanta a mão e grita "eu"!